O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que pretende tomar a vacina da covid-19 “por último”. A declaração foi feita a apoiadores que o esperavam em frente ao Palácio da Alvorada. Crítico da vacina — tendo declarado anteriormente que não pretendia receber o imunizante — o presidente justificou a decisão pelo fato de haver “muita gente apavorada” esperando pela vacina.
Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, com 66 anos de idade, Bolsonaro está apto a receber a vacina no Distrito Federal desde o dia 3 de abril, mas optou por não se vacinar. Um dos argumentos do presidente para não receber o imunizante é o fato de já ter contraído o vírus em julho do ano passado. No entanto, casos de reinfecção têm sido registrados no País, além de novas variantes do vírus.
A resistência do presidente também decorre da sua desconfiança da eficácia dos imunizantes. Além de desestimular medidas para conter o contágio pelo vírus ao longo de toda a pandemia, Bolsonaro também, por diversas vezes, colocou em dúvida a segurança das vacinas, mesmo após a Anvisa aprovar o uso de imunizações no País.
Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, 12,17% da população já foram vacinados com a primeira dose. O País, contudo, avança em ritmo lento na imunização e acumula desde o início da pandemia mais de 369 mil mortes pelo novo coronavírus.
Ontem, após o apelo de governadores que se reuniram ontem com representantes da ONU (Organização das Nações Unidas), a instituição anunciou a antecipação da entrega de doses ao Brasil. Nesta manhã, o Ministério da Saúde informou que o governo brasileiro deve receber 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 em maio, fruto do consórcio Covax Facility.